Giro de Notícias

Escritor e historiador, Richard Zimler dá palestra, aberta ao público, em São Paulo

0Shares
Richard Zimler

 Com o tema “A Voz dos Silenciados: Porque Escrevo Romances (Históricos)”, o autor de “O Último Cabalista de Lisboa”, falará no dia 18 de outubro, sexta-feira, às 14h30, no Auditório do Campus Marquês de Paranaguá, da PUC-SP. O evento abre a série “Sextas Culturais” que trará uma vez por mês, sempre em uma sexta-feira à tarde, atividades culturais para o Campus, iniciando ao mesmo tempo as celebrações do terceiro ano de atividades da Cátedra da Cultura Judaica da PUC SP (http://www.pucsp.br/catedrajudaica/).

O grande escritor Richard Zimler está no Brasil. Na próxima sexta-feira, dia 18 de outubro, a partir das 14h30, ele dará uma palestra, aberta ao público, com entrada franca, com o tema A Voz dos Silenciados: Porque Escrevo Romances (Históricos)”. A palestra do autor de obras como  “O Último Cabalista de Lisboa”, “Meia-Noite ou o Principio do Mundo”, “Goa ou o Guardião da Aurora”, “A Sétima Porta” e “Os Anagramas de Varsóvia”, acontece no Auditório do Campus Marquês de Paranaguá, da PUC-SP (rua Marquês de Paranaguá, 111 – Consolação, São Paulo, tel 11-3124-7200) e abre a série Sextas Culturais que trará mensalmente às tardes de sexta-feira atividades culturais para o Campus, iniciando ao mesmo tempo as celebrações do terceiro ano de atividades da Cátedra da Cultura Judaica da PUC SP (http://www.pucsp.br/catedrajudaica/  Rua Marquês de Paranaguá, 111 Consolação – São Paulo – SP CEP: 01303-050 Fone: (11) 3124-7200.

“Até muito recentemente, os textos históricos foram quase todos escritos do ponto da vista – e em sintonia com as necessidades políticas – dos vencedores das eleições e das guerras. Por exemplo, a historia da colonização dos EUA foi contada, em grande parte, da perspectiva dos imigrantes europeus e caracterizada, em geral, como uma grande e heroica aventura e conquista de novas liberdades.  Entretanto, para os americanos indígenas, a colonização foi uma invasão de tropas agressivas e bélicas –um autêntico desastre. Penso que que é extremamente importante ‘corrigir’ esta situação, contando a historia do ponto de vista dos vencidos – das pessoas que perderam as eleições e as guerras.  É precisamente isso que tento fazer nos meus romances, incluindo os meus dois novos romances no Brasil, ‘A Sétima Porta’ e ‘Strawberry Fields Forever’, diz o escritor.

 

Sobre Richar Zimler

Richard Zimler (Roslyn Heights, Nova York, 1956) é um jornalista, escritor e professor norte-americano, naturalizado português. É formado em Religião Comparativa pela Universidade de Duke (1977) e mestre em Jornalismo pela Universidade de Stanford (1982). Após se formar, trabalhou durante oito anos como jornalista na zona administrativa da Baía de São Francisco. Radicou-se em Portugal em 90, residindo desde então na cidade do Porto. Deu aulas na Escola Superior de Jornalismo e na Universidade do Porto durante 16 anos, lecionando disciplinas na área do Jornalismo. Obteve a nacionalidade portuguesa em 2002.

Richard Zimler publicou vários romances, alguns dos quais se tornaram bestsellers em diversos países, e já ganhou prémios como o National Endowment of the Arts Fellowship in Fiction, em 1994, e o Herodotus Award para o melhor romance histórico, em 1998.

Quatro dos seus romances – “Meia-Noite ou o Principio do Mundo”, “Goa ou o Guardião da Aurora”, “A Sétima Porta” e “Os Anagramas de Varsóvia” – foram propostos para o Prémio Literário Internacional IMPAC.

Pela obra “Goa ou o Guardião da Aurora” (Le Gardien de L’Aube) ganhou o prêmio literário Alberto Benveniste 2009, destinado a romances em língua francesa que se enquadrem no programa do Centro Alberto Benveniste (Estudos Judeo-Sefarditas). Zimler recebeu o galardão no dia 26 de janeiro de 2009, na Sorbonne.

Em 2009 lançou seu primeiro livro para crianças: “Dança Quando Chegares ao Fim: bons conselhos de amigos animais”, com ilustrações de Bernardo Carvalho. Seu segundo livro infantil, “Hugo e Eu e as Mangas de Marte”, lançado em 2011, tem também colaboração com Bernardo Carvalho.

Em 2009, Zimler escreveu o guião para “O Espelho Lento”, uma curta-metragem baseada em um dos seus contos. O filme foi rodado em julho de 2009 pela produtora luso-sueca Solveig Nordlund. Tem como atores principais Gracinda Nave, Marta Peneda e o próprio Zimler. Em maio de 2010, “O Espelho Lento” venceu o prêmio de melhor drama no sexto festival de curtas-metragens Downtown, de Nova York.

Em janeiro de 2010, seu romance “Os Anagramas de Varsóvia” foi nomeado “Livro do Ano 2009” pela revista portuguesa Ler e um dos 20 melhores livros da década 2000-2009 pelo jornal diário Público.

 

Obras do autor:

 

  • O Último Cabalista de Lisboa (Lisboa: Quetzal Editores, 1996, tradução: José Lima; São Paulo: Companhia das Letras, 1997; adaptação para o português do Brasil: Rosa Freire d’Aguiar) — romance histórico cuja ação decorre em 1506 entre os judeus forçados; as principais personagens pertencem a uma família de cristãos-novos residente em Alfama, cujo patriarca, Abraão Zarco, é iluminador e membro da célebre escola cabalística de Lisboa.
  • Trevas da Luz
  • Meia-Noite ou o Princípio do Mundo
  • Goa ou o Guardião da Aurora
  • À Procura do Sana
  • A Sétima Porta
  • Confundir a Cidade com o Mar
  • Dança Quando Chegares ao Fim
  • Os Anagramas de Varsóvia
  • Ilha Teresa (obra publicada no Brasil com o título “Strawberry Fields Forever)
  • Hugo e Eu e as Mangas de Marte

 

Sobre a Cátedra de Cultura Judaica

Instalada em novembro de 2010, a Cátedra da Cultura Judaica da PUC-SP tem como objetivo a promoção de estudos diversos de relevância da Cultura Judaica, em aspectos como a língua hebraica, judaísmo bíblico e contemporâneo, políticas internacionais e história dos povos antigos. Busca também criar instrumentos para a compreensão e fomento ao diálogo intercultural e fortalecimento do diálogo inter-religioso, assim como identificar e valorizar o papel das comunidades judaicas na formação sociocultural do Brasil, discutir a diversidade cultural, sob a temática da promoção de valores éticos a partir da perspectiva judaico-cristã; apoiar o desenvolvimento de pesquisas de demanda sobre judaísmo-cristianismo e a nacionalidade brasileira; articular ações entre os setores público, privado, universitário e governamental para a utilização de conteúdos de referência no ensino; sugerir a adoção de conteúdos e disciplinas de temáticas pertencentes aos estudos sobre cultura judaica  nos cursos de graduação e pós-graduação, produzir a difusão de conhecimentos a respeito de cultura judaica, capacitar  professores e alunos de escolas públicas e particulares de Ensino Médio com relação aos diálogos inter-religiosos, identificar e avaliar experiências internacionais e promover debates com dirigentes e sociedade.

A criação da Cátedra de Cultura Judaica da PUC-SP foi aprovada no Conselho Universitário (Consun) do mês de outubro de 2010, por unanimidade. O processo de sua criação, no entanto, vem se desenrolando desde o final de 2009, quando o secretário-executivo da Fundação São Paulo, José Rodolpho Perazzolo, esteve em Roma para um encontro de universidades católicas, onde a questão foi levantada. De volta ao Brasil, em conjunto com o reitor, iniciou o processo de criação de uma área de estudos judaicos na PUC-SP.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *