3ª. FliPUC – Festa literária tem homenagem a Jerusa Pires Ferreira
Com o tema “O popular e as bordas: do passado ao presente” e homenagem a Jerusa Pires Ferreira, a 3ª. FliPUC acontece de 4 a 6 de novembro. Durante os três dias, os estudantes da universidade e a população apaixonada por livros poderão desfrutar no Campus Monte Alegre de instigantes mesas de debates e de uma ótima seleção de livros a preços convidativos, com descontos que chegam a 30%. Os debates têm entrada franca.

Com o tema “O popular e as bordas: do passado ao presente”, a Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) realiza a 3ª. FliPUC. A Festa Literária acontece nos dias 4, 5 e 6 de novembro, no campus Monte Alegre. no Tucarena, teatro da Universidade, à rua Monte Alegre, 1.024, em Perdizes. Em sua terceira edição, a FliPUC homenageará a professora Jerusa Pires Ferreira, falecida em abril de 2019. Grande mestre da PUC-SP, Jerusa era pesquisadora sobre cultura, oralidade, memória e relações entre literatura, comunicação e artes. Ensaísta, também era tradutora e principal divulgadora dos trabalhos de Paul Zumthor e de Henri Meschonnic, no Brasil.
Acontecerão mesas de debate, oficinas temáticas, exposição e vendas de livros (que chegam a 30% desconto), lançamentos de obras e sessões de autógrafos com autores. No encerramento, um sarau de poesias, seguido por uma apresentação de concerto de piano com o norte-americano Javier Clavere. Durante toda a FliPUC haverá a Videoinstalação “Jerusa: a Senhora Barroca”, com direção de Elisabete Alfred.
As mesas de debate ocorrem no Tucarena, enquanto a Feira de Livros estará montada no saguão em frente ao auditório.
A curadoria do evento é dos professores José Luiz Goldfarb e Lucia Santaella. A comissão organizadora é formada por Adriano Sousa, Amálio Pinheiro, Bernadette Lira, Elisabete Alfeld, Heloísa Valente, Lucio Agra, Marcelo Graglia, Micheliny Verunsck, Monica Rebecca Ferrari Nunes, Roberta Estrela D’Alva e Sonia Montone


“A FliPUC, desde sua primeira edição em 2017 procura celebrar a literatura em todas as suas manifestações e não apenas nas reflexões acadêmicas da universidade. Nesta edição, mantivemos esta diretriz, com ainda maior profundidade, pois a partida da querida professora Jerusa Pires Pereira, agora homenageada, levou-nos a destacar e discutir a literatura e a cultura das bordas, levando para o palco do Tucarena a pluralidade de inúmeras manifestações culturais de nosso país. Serão três dias de debates com mesas provocativas, algumas focadas na obra e atuação de Jerusa, outras adentrando em aspectos diversos como a ficção e o despertar do Antropoceno. Vamos ao debate, à arte e à cultura. Afinal, não é o que mais precisamos neste momento do Brasil e do mundo?”, indaga Goldfarb.
A Festa Literária, que busca promover o debate em todas as áreas do conhecimento, incentivar a leitura e divulgar sua produção, é uma realização conjunta da Educ – a editora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e da PUC-SP. Todos os debates, assim como o concerto de encerramento, têm entrada franca. Veja aqui a programação completa: http://www.pucsp.br/flipuc
3a FliPUC – Festa Literária da PUC-SP
Tema: O popular e as bordas: do passado ao presente
Homenageada: Jerusa Pires Ferreira
Quando: De 4 a 6 de novembro
Onde*: Campus Monte Alegre da PUC-SP, à rua Monte Alegre, 984, no bairro de Perdizes. (Debates e concerto de Encerramento no Tucarena e Feira de Livros no saguão em frente ao auditório do Tucarena.)
Entrada para os debates e concerto de encerramento: franca.
Link com programação completa: http://www.pucsp.br/flipuc
Curadoria: José Luiz Goldfarb e Lucia Santaella.
Realização: PUC-SP e Educ – Editora da PUC-SP.
Telefone para informações sobre o evento: 11-3670-8085
Contatos para imprensa: Gontof Comunicação, telefones 11-4508-4554 e 99109-0688 e e-mail redacao@gontof.com.br;
Tucarena: lugares: 210 (configuração para os debates); acesso para portadores de deficiência: sim. Lugares para portadores de deficiência: sim. Banheiros adaptados para portadores de deficiência: sim.
(*O Tucarena fica à rua Monte Alegre 1.024).

Programação
Dia 4 de novembro, segunda-feira – Abertura da 3ª. FliPUC
10h – Abertura da 3ª. FliPUC: Jerusa e a América Latina
Debatedores: Amálio Pinheiro, Diana Junkes, Ademir Assunção e Lucio Agra
Mediação: Lucia Santaella
12h – Sessão de autógrafos
- Inteligência e Artificial & Redes Sociais (Educ, 2019)
Lucia Santaella (org.)
- Jornada internacional América Latina (Intermeios, 2017)
Amálio Pinheiro (org, junto com Jerusa Pires Ferreira)
14h – Jerusa: dos pactos diabólicos ao tecido fáustico
Debatedores: Valdir Baptista e Marcio Seligmann-Silva
Mediação: Adriano Sousa


Márcio Seligmann Silva
16h – Vou cantar até que a voz me doa
Com Heloísa Valente e Wladimir Mattos
19h – Ficção Científica
Debatedores: Lidia Zuin, Fábio Fernandes e Nelson de Oliveira
Mediação: Marcelo Graglia
Dia 5 de novembro, terça-feira
10h – Cultura das Bordas
Debatedores: Marco Bin, Valdir Baptista e Bernadette Lira
Mediação: Lucio Agra
12h – Sessão de autógrafos
- Décio Pignatari, vida em noosfera (Educ, 2017)
Lucio Agra

- A paixão inútil (Patuá, 2019)
Marco Antonio Bin
14h – Histórias tradicionais: diálogos com a ancestralidade brasileira
Oficina com Daniel D’Andrea
16h – Armadilhas da memória
Debatedores: Irene Machado, Caroline Paschoal Sotilo e Inês Amarante
Mediação: Monica Rebecca Ferrari Nunes
18h – Sessão de autógrafos
Cosplay, Steampunk e Medievalismo: memória e consumo nas teatralidades juvenis (Sulina, 2017)
Mônica Rebecca Ferrari Nunes (org.)
19h – Escrita literária, escrita acadêmica – proximidades e distâncias
Debatedores: Vicky Weischtordt, Edmilson Felipe da Silva e Jorge Claudio Ribeiro
20h – Sessão de autógrafos
- Ela me tira pra dançar (Patuá, 2018)
Jorge Claudio Ribeiro
- O cio da salamandra não seduz camaleões (Penaluz, 2018)
Edmilson Felipe da Silva
20h30 – Audição para Jerusa
Com Antonio Nóbrega
Debatedores: Adriano Messias e Gustavo Rick Amaral
Mediação: José Luiz Goldfarb

Dia 6 de novembro, quarta-feira
10h – Antropoceno: o fim da civilização? Uma visão semiótico -psicanalítica
12h – Sessão de autógrafos
- Oir o rio (Sowilo, 2019)
- Pomo da discórdia – a história da Guerra de Troia (Sowilo, 2019)
- Diário da escola de assombrações (Sowilo, 2019)
- Comunicação e Antropoceno: os desafios do humano (Educ, 2019)
Adriano Messias
14h – Oficina – Microconto, com Edith Chacon
16h – SLAM: Voz de Levante
Exibição do documentário, seguido de debate.
Roberta Estrela D’Alva e Tatiana Lohmann (diretoras) e o poeta Lucas Afonso
O documentar venceu o prêmio especial do júri e prêmio de Melhor Direção de Documentário no 19º Festival Internacional do Rio (2017) e de Melhor Filme no FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema (2018). O filme aborda a chegada no Brasil dos poetry slams, batalhas performáticas de poesia falada que se alastraram por todo o País com enorme impacto no público jovem e periférico.
18h – Lançamento da seleta de poemas
#poesianapuc
Leitura de poemas “Sete Cromos para Breves”, de Jerusa Pires Ferreira.
com Lucio Agra
*
Grupo Riverão, formado por três poetas, Diego Diasa, Gabriel Kerhart e Walter Vetor – que declamarão poesias.
*
Benito Campos e Esther Proença Soares
20h30 – Encerramento: Apresentação musical de piano

com Javier Clavere (Estados Unidos), evento conjunto com o 19º Encontro Internacional sobre Pragmatismo.
Durante toda a FliPUC haverá a Videoinstalação “Jerusa: a Senhora Barroca”, com direção de Elisabete Alfred.
Sobre Jerusa Pires Ferreira, homenageada pela 3ª. FliPUC
Jerusa de Carvalho Pires Ferreira (Feira de Santana, 1 de fevereiro de 1938 – Salvador, 21 de abril de 2019) foi ensaísta, professora de literatura e de comunicação social e poeta. Ainda na Bahia, iniciou sua carreira. Foi pela UFBA que se graduou em Letras e se tornou mestre em História Social. Já em São Paulo, na década de 80 fez doutorado em Sociologia pela USP, onde tornou-se professora e livre-docente em Comunicação Social. Em 1993, recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura.
Como ensaísta e tradutora, Jerusa Pires Ferreira foi colaboradora da “Folha de S. Paulo” e da “Revista da USP”. Além disso, contribuiu regularmente para coletâneas de livros e revistas nacionais e internacionais. As suas pesquisas e trabalhos abrangem importantes campos de investigação nas áreas da Literatura, Comunicação e Artes, como memória, oralidade, conto popular, novela de cavalaria, cultura midiática, conto popular e literatura de cordel.
Ao longo de sua brilhante trajetória, contam 20 livros e cerca de 280 artigos publicados. Entre os mais conhecidos estão “Armadilhas da Memória”, “Cavalaria em Cordel: o passo das Águas Mortas”, “O livro de São Cipriano” e “Matrizes Impressas do Oral”.
Jerusa foi uma das principais divulgadoras no Brasil e Canadá, da obra de Paul Zumthor, medievalista suíço-canadense. Coordenou no Brasil um projeto tradutório, que conta com os livros “’A Letra e a Voz’”, “’Escritura e Nomadismo’” e “’Performance, Recepção e Leitura’”, além de uma coletânea em sua homenagem, denominada “Oralidade em Tempo e Espaço”, resultado de um colóquio que organizou na PUC-SP.
Também coordenou a coleção “Editando o Editor”, da Editora da USP (EDUSP), que aborda o trabalho de editores como, Jorge Zahar, Jacó Guinsburg e Ênio Silveira. Conferencista eminente, Jerusa foi convidada em diversas universidades estrangeiras como a Universidade Brown, Universidade Autônoma da Barcelona, Universidade de Moscou, Universidade de Calgary e Universidade de Brown.
Desde 1999, Jerusa ministrava regularmente cursos na Universidade de Limoges, na Franca. Por doze anos coordenou o Centro de Estudos da Oralidade na PUC-SP, onde organizou mais de dez colóquios e seminários internacionais. Seus últimos trabalhos foram ensinando na Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP e no Programa de Pós-graduação em Comunicação e Semiótica da PUC-SP.
Intelectual de notável cultura e sensibilidade, Jerusa estará presente nos três dias da FliPUC, por meio da reverberação de suas pesquisas, compartilhadas com sabedoria com amigos, colegas de trabalho, orientando e alunos. São esses que nos brindarão com palestras em que serão discutidos os temas tão caros à grande mestre. Além disso, poesia, performance e música abrilhantarão nossa festa, trazendo também um pouco de toda a sensibilidade dessa poeta cuja força de vida, como lembra a curadora Lucia Santaella, brotava “com o mesmo ímpeto e verdade com que a primavera brota depois do inverno”.
Faleceu este ano em um Domingo de Páscoa, dia 21 de abril de 2019, após enfrentar a batalha contra o câncer. Foi casada com o professor, tradutor e escritor Boris Schnaiderman, falecido em 2016.
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