Comparar com 62 é “Grupo”
por Airton Gontow
Essa história de falar em grupo e comparar com 62, é puro “grupo”. Dizer que após a contusão de Pelé foi a união do grupo que levou o País ao bi mundial beira ao absurdo.
Naquela competição perdemos Pelé, mas Garrincha era o segundo melhor jogador do mundo e assumiu o time, marcando gols com a famosa perna direita, com a esquerda, de cabeça, de falta…
Não havia a “Peledependência”! O tal grupo de 62 não era um bando de bons jogadores, mas um time formado basicamente por astros que já haviam sido campeões do mundo em 58. Didi, por exemplo, tinha sido eleito o melhor jogador da Copa da Suécia. Gilmar, Djalma Santos, Nílton Santos, Zito, Garrincha e Didi estão em praticamente todas as seleções brasileiras de todos os tempos. Da Seleção de 58 ainda havia Zagallo e Vavá, que foi, assim como Garrincha, um dos cinco artilheiros do Mundial do Chile. Amarildo, o “Possesso”, que substituiu o Rei, era também um artilheiro notável.
Tudo bem, a perda de Pelé foi doída, abalou a moral da equipe e o grupo se superou. Mas era um grupo de craques!
Também é esquisito ouvir que a contusão de Neymar era o que faltava para que o Brasil chegue ao título. “Agora jogaremos por ele!”, dizem muitos, até mesmo jogadores.
Então não era o bastante pensar na própria família e o valor que o mundial terá para as suas carreiras? Não era suficiente jogar no próprio País e jogar por 190 milhões de brasileiros?
Claro que a Seleção Brasileira, mesmo sem Neymar, ainda tem chances de ganhar o título, até mesmo porque esta é uma Copa de jogos emocionantes mas de equipes fracas técnica e taticamente.
Motivar os jogadores e buscar forças são fundamentais nesta hora difícil. Mas não vamos esquecer que a geração de 62 era maravilhosa. Com ou sem Pelé.
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