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Eduardo Kobra inicia na Suécia viagem para pintar em cinco países

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Novo mural de Eduardo Kobra é destaque na cidade de Boras

O conhecido muralista brasileiro, acompanhado por três artistas do Studio Kobra (Agnaldo Brito, Cesar Almeida e Marcos Rafael), está na cidade de Boras, na Suécia, pintando o mural “Alfred Nobel”. Boras é conhecida por como a “Cidade Campeã Mundial em Limpeza Urbana”, por reaproveitar 99% dos seus resíduos.

Kobra saiu do Brasil no dia 29 de agosto e começou a pintura no dia 1 de setembro.  O mural tem 16 metros de altura por 10 de comprimento. “Nossa ideia é ocupar o prédio com uma imagem em 3D. Estamos reproduzindo a medalha do Prêmio Nobel, valorizando assim a história do criador do prêmio, Alfred Nobel”, diz Kobra,

Em poucos dias Kobra e equipe chamaram atenção da população da pequena cidade de 105 mil habitantes, que se reúne para assistir ao processo de produção do trabalho, que também já é destaque na mídia local. Kobra foi capa de um dos principais jornais da cidade e apareceu em programas de televisão. O artistas brasileiro foi convidado para dar uma palestra sobre o projeto do Mural e sobre sua carreira. Também estavam presentes outros quatro artistas que fazem interferências de arte urbana na cidade (um italiano, um francês e dois norte-americanos).  É a primeira vez que a Suécia abre espaço para a Arte  Urbana.

Trabalho de Kobra e equipe está situado em bela região da cidade

A palestra foi ontem, quinta-feira, para 600 pessoas, que lotaram o auditório.  Um dia antes, Kobra recebeu a visita do fundador do Museu Nobel, que entregou a Kobra uma cópia da medalha que Kobra e equipe produzem no prédio e também convidou-o para visitar o museu. “Fui ontem ao Museu Nobel, aqui em Boras. A visita foi instrutiva e até emocionante, já que Nobel é a inspiração para um dos meus projetos mais importantes, que é destacar em paredes de diversos países as pessoas que contribuíram pela paz, como Dalai Lama, Madre Teresa, Nelson Mandela e Martin Luther King”, afirma Kobra, acrescentando que a obra deve ser finalizada e entregue amanhã, dia 8. “É um orgulho pintar nesta cidade, que é cercada de  lindas obras de arte por todos os lados’, conclui.

Homenagem de Kobra a Alfred Nobel

 Ainda amanhã, Kobra segue para Polônia. Depois, a viagem segue por França, Estados Unidos e Canadá. Ele fará obras nesses cinco países. Nos três últimos, também participará do lançamento mundial dos novos rótulos da água Perrier, feito por ele (mesmo trabalho feito em 83 por Andy Warhol).

                 

Novos murais em São Paulo e Brasília

 

mural O Candango, durante processo de produção – crédito da foto: Mateus Bonomi

Eduardo Kobra entregou na última quarta-feira, 27 de agosto, um trabalho em Brasília, na lateral do prédio da Caixa Econômica Federal. A obra, “O Candango” – feita com o spray e esmalte sintético, com 29 metros de altura por 7,4 de largura – retrata, segundo Kobra, “aqueles que dedicaram suas vidas à construção de Brasília, vindos de várias partes do Brasil”. A obra faz parte do projeto “Muro das Memórias”, desenvolvido pelo artista em muitas cidades.

Além de pintar em muros, Kobra e equipe cada vez mais se dedicam a fazer obras nas laterais de grades prédios. Já são dez em diversas cidades e países, entre eles “Oscar Niemeyer”, em São Paulo; “O Beijo”, em Nova York; e a “Bailarina”, em Moscou.

Em Brasília, Kobra trabalhou acompanhado pelos artistas Agnaldo Brito, Marcos Rafael e Marcos dos Santos, todos do Studio Kobra  No dia 29 de agosto, Kobra iniciou uma viagem de 32 dias para pintar em cinco países: Suécia, Polônia, França, Estados Unidos e Canadá.

Recentemente, Eduardo Kobra fez mais um mural no México. Hoje, 29 de agosto, terminou o mural (conjunto de quatro paredes) “Viva o Ibirapuera”, em São Paulo, em homenagem aos 60 anos do parque

 

 

Eduardo Kobra

Eduardo Kobra não para! O conhecido artista urbano brasileiro fez recentemente o mural “Viva o Ibirapuera”, em homenagem aos 60 anos do parque mais famoso e importante de São Paulo. A obra de Eduardo Kobra no Parque do Ibirapuera fica na marquise em frente à Aranha do MAM. São quatro paredes, que foram um cubo (duas delas de 23 metros por quatro metros e duas oito metros por quatro metros). A arte no Ibirapuera mostra cenas cotidianas de pessoas no parque: um casal se beijando e sorrisos de uma criança e de um casal de idosos (dois rostos que formam um). “Muitas pessoas pensam que preservação ecológica é só cuidar da Amazônia, daquilo que muitas vezes está distante. Claro que é fundamental! Mas preocupação ecológica é também cuidar e preservar dos parques que estão perto de nós, em nossos espaços urbanos, como o Ibirapuera, que completa 60 anos.”, afirma.

De acordo com o artista, as pessoas podem se inspirar ou imitar as cenas dos desenhos e tirarem selfies para serem compartilhadas: “O Ibirapuera é o parque da natureza, dos pássaros e pessoas também. Por isso o nome do mural é ‘Viva o Ibirapuera’. Afinal, é preciso homenagear esse lindo espaço da cidade. É preciso vivenciar o Parque do Ibirapuera”, conclui.

No final de maio, Kobra concluiu seu primeiro mural no México. Ele pintou, acompanhado por Agnaldo Brito, também artista do Studio Kobra, o mural “MariArte”, na fachada de nove metros de altura por 14 de comprimento do hotel Matilda, conhecido por fazer várias ações de apoio à cultura.  O trabalho faz parte do Smart Festival de San Miguel Allende, cidade declarada Patrimônio Cultural da Humanidade, em 2008, pela Unesco, no estado de Guanajuato. Kobra, que utilizou técnica mista (spray e esmalte sintético), foi convidado pela curadora do festival, Julia Riley Sullivan, que também é   editora da “Fresco Magazine”, dos EUA (que fez matéria de capa com Kobra) e também sócia de uma galeria em Miami onde Kobra pintou o famoso carro no festival Art Basel de 2013. O trabalho foi realizado no Centro Histórico da cidade. “Retratamos um mariachi dentro do projeto em que faço releituras com imagens icônicas dos lugares por onde passo.

Nesta obra, o Mariachi está tocando e de seu instrumento saem cores, que fluem e interagem com a arquitetura clássica da cidade. Assim, preservamos o Centro Histórico e de forma alguma agredimos o espaço. Respeitamos o local e fazemos a releitura do personagem com cores típicas brasileiras. No chapéu se percebe as bandeiras do México e do Brasil e, entre elas, há um pequeno coração”, diz Eduardo Kobra. Ele e Agnaldo Britto tiveram no trabalho do “MarArte” o apoio de três grafiteiros da cidade.

No início de maio, Kobra fez em Roma o mural “Paz” (onde destacou a jovem paquistanesa Malala Yousafzai) e inaugurou sua primeira exposição individual no Exterior, “Peace”, na Dorothy Circus Gallery também na capital italiana, onde apresenta dez obras com personalidades que, segundo ele, influenciaram o planeta “no caminho da paz e da harmonia entre homens e mulheres de diferentes países, raças e religiões”: Malala Yousafzai, Dalai Lama, Albert Einstein, Madre Teresa, Bob Marley, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi, Papa (João Paulo II), John Lennon e Martin Luther King. Recentemente, fez mais um mural no México e, também, pintou rótulos das garrafas da água Perrier (mesmo trabalho feito em 83 por Andy Warhol), que terá lançamento mundial.

O conhecido muralista fez em junho, julho e agosto uma grande intervenção em dois grandes tanques de armazenamento de gases da empresa Linde na rodovia Cônego Domenico Rangoni, no trecho que liga Cubatão ao Guarujá, onde passam diariamente milhares de veículos. “Este ano tenho convites para pintar em sete países. Por isso, acho sempre fundamental fazer intervenções aqui no Brasil, que é a minha base, onde me inspiro e recomponho minhas energias”, diz Kobra.

A nova arte foi desenvolvida em dois dos maiores tanques criogênicos da Linde (cada um com cerca de 14 metros de altura por 17 metros de diâmetro), destinados ao armazenamento de gases do ar em forma líquida. Os tanques ficam voltados para a rodovia Cônego Domenico Rangoni, trecho do Sistema Anchieta-Imigrantes que liga Cubatão ao Guarujá, onde passam diariamente milhares de veículos. Para respeitar as exigências estabelecidas na legislação ambiental e evitar qualquer transtorno na região, foi utilizada tinta poliuretano (cerca de 70 litros de tintas), normalmente utilizadas em pinturas de estruturas metálicas industriais. A aplicação das tintas foi por meio de pistola e compressor de baixa pressão.

“Queremos, com este projeto, externar que um ambiente industrial pode ser colorido e visualmente agradável para os trabalhadores, a comunidade local e os turistas diariamente trafegam por lá. É preciso dar um toque de inovação e arte à paisagem dura da Indústria. Por isso, estamos oferecendo uma arte peculiar e mundialmente respeitada: os trabalhos do Kobra”, afirma Tathiana Ostorero, gerente de Comunicação da Linde. De acordo com o artista, os elementos utilizados na obra são, principalmente, crianças, ar e objetos ao vento. “As crianças expressam o futuro e a construção de um mundo melhor e mais seguro, com respeito pelo planeta; o vento representa o movimento, a inovação e a renovação, características das melhores empresas; e o ar é a matéria-prima de onde a Linde extrai seus principais produtos – nitrogênio, oxigênio e argônio – e transforma vidas”, explica o artista.

 

Sobre a trajetória recente de Eduardo Kobra

Eduardo Kobra é um dos mais conhecidos e respeitados, por público e crítica, artistas urbanos brasileiros. Este ano, em Roma, trabalhou em dois projetos. Pintou o mural “Paz” (em homenagem à liberdade e igualdade entre povos, raças, sexos e religiões), que tem como referência a paquistanesa Malala Yousafzai; e inaugurou sua primeira exposição individual no Exterior, “Peace”, que fica até dia 25 de junho na capital italiana, primeiro na Dorothy Circus Gallery, e depois na embaixada brasileira em Roma.

Kobra trabalhou intensamente, todos os dias, das 8h às 18h, ao lado de Agnaldo Brito, artista do Studio Kobra, para entregar no dia 9 de maio o muro da fachada do MAAM (Museo dell’Altro e dell’Altrove di Metropoliz – città meticcia), na via Prenestina, 913. Na obra “Paz”, Kobra destacou com técnica mista (spray e compressor) a jovem Malala. O muro tem 5,5 m de alturaX30m de comprimento. “A Malala é um símbolo para todo mundo por sua coragem e a luta pelo direto à educação e liberdade da mulher no Paquistão e no mundo inteiro”, diz Kobra.

Na exposição “Peace”, na Dorothy Circus Gallery (na via dei Pettinari 76), Kobra usa também técnica mista – com diversos materiais – e apresenta dez obras, onde destaca personalidades que, segundo ele, influenciaram o planeta “no caminho da paz e da harmonia entre homens e mulheres de diferentes países, raças e religiões”. Ele apresenta as seguintes telas: John Lennon – 50cm x 50cm; Malala Yousafzai – 50cmx50cm; Dalai Lama – 50cmx50cm; Albert Einstein – 100cmx100cm; Madre Teresa – 80cmx80cm; Bob Marley – 80cmx80cm; Nelson Mandela – 80cmx80cm; Mahatma Gandhi – 70cmx70cm; Papa (João Paulo II) – 70cmx70cm. John Lennon – 70cmx70cm e Martin Luther King – 70cmx70cm

Eduardo Kobra começou como pichador, tornou-se grafiteiro (ler sobre o artista mais abaixo no release) e hoje se define como um muralista. Tornou-se conhecido pelo seu projeto Muro das Memórias, onde faz releituras de cenas da São Paulo antiga, como o muro de 1.000m2 na av. 23 de maio. Nos últimos anos também se dedicou muito a outros projetos, como surpreendentes obras em 3D e o projeto Greenpincel, onde mostra (ou denuncia) imagens fortes de matança de animais e destruição da natureza; e homenagens a personagens que marcaram a história, em diferentes áreas, como Albert Einstein, Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá, Abraham Lincoln, Maya Plisetskaya Salvador Dali, Barquiat (grafiteiro), Frida Kahlo e Andy Warhol. Também fez várias viagens para mostrar seu trabalho no Exterior, como para a Inglaterra (Londres), França (Lyon), Atenas (Grécia), Rússia (Moscou) e Estados Unidos (Nova York, Miami, Sarasota e Los Angeles).

Eduardo Kobra fez diversas intervenções urbanas em São Paulo, como a já citada homenagem a Oscar Niemeyer, feita em janeiro do ano passado para o aniversário de São Paulo. É interessante ressaltar que Kobra não faz intervenções sem pedir antes a autorização do poder público ou do proprietário do imóvel.

O projeto “Muros da Memória” busca transformar, através de murais, a paisagem urbana e resgatar a memória da cidade. Os desenhos são a síntese do modo peculiar de Eduardo Kobra criar – através do qual pinta, adere, interfere e sobrepõe cenas e personagens das primeiras décadas do século XX.  Essas obras são uma junção de nostalgia e modernidade, por meio de pinturas cenográficas, algumas monumentais. Através delas cria portais para saudosos momentos da cidade “A ideia é estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia, com a constante agitação de hoje”, diz o artista.

Sobre o Greenpincel Kobra afirma: “se no Muro das Memórias mostro a beleza e convido à contemplação, no Greenpincel mostro o horror e convido para a tomada de posição e para a ação”.

 

Eduardo Kobra: vida e obra            

Kobra é um expoente da neo-vanguarda paulistana. Seu talento brota por volta de 1987, no bairro do Campo Limpo com o pixo e o graffiti, caros ao movimento Hip Hop, e se espalha pela cidade. Com os desdobramentos, que a arte urbana ganhou em São Paulo, ele derivou – com o Studio Kobra, criado em 95 – para um muralismo original – inspirado em muitos artistas, especialmente os pintores mexicanos e no design do norte-americano Eric Grohe — beneficiando-se das características de artista experimentador, bom desenhista e hábil pintor realista. Suas criações são ricas em detalhes, que mesclam realidade e um certo “transformismo” grafiteiro.

Kobra é autor do projeto “Muro das Memórias”, que busca transformar a paisagem urbana através da arte e resgatar a memória da cidade. “A ideia é estabelecer uma comparação entre o ar romântico e o clima de nostalgia, com a constante agitação  e hoje”, afirma o artista.. Os desenhos são a síntese do seu modo peculiar de criar – através do qual pinta, adere, interfere e sobrepõe cenas e personagens das primeiras décadas do século XX.  As obras unem nostalgia e modernidade, por meio de pinturas cenográficas, algumas monumentais. Através delas cria portais para saudosos momentos da cidade.

Desde 2006 já foram entregues cerca de 25 murais em avenidas e ruas de São Paulo. Em janeiro de 2009, entregou para o aniversário de São Paulo um mural de 1000 metros quadrados na av. 23 de Maio, que mostra cenas da década de 20. Kobra, que nunca faz uma intervenção sem pedir antes a autorização do poder público ou do proprietário do imóvel, pediu a autorização para a a obra. O então prefeito Gilberto Kassab (“Lei da Cidade Limpa”) prestigiou a inauguração do muro da av. 23 de maio, o que é visto como um marco para a arte de rua, porque pouco antes os fiscais de Kassab andavam destruindo várias obras de artistas urbanos.

Kobra, inquieto, estudioso e autodidata, também faz pesquisas com materiais reciclados e novas tecnologias, como a pintura em 3D sobre pavimentos (muito difundida por nomes internacionais, como Julian Beever e Kurt Wenner). O artista realizou diversas obras em 3D, como na Praça Patriarca, no centro da Cidade, a primeira no Brasil; e na Avenida Paulista, símbolo da megalópole. A técnica anamórfica  consiste em “enganar os olhos”. A pintura é distorcida ou mesmo incompreensível na maioria dos ângulos de visão, mas ao ver do ângulo correto, estipulado pelo artista, se torna um 3D com incrível variação de profundidade e realismo.

Paralelamente, Kobra desenvolve sua produção pessoal, que passa pela pesquisa de materiais reciclados e novas tecnologias. Além da pintura em 3D sobre pavimentos, recicla e recria momentos e formatos das histórias da Arte e das cidades, especialmente de São Pualo.

Kobra tem sido muito procurado para decorar também para pintar restaurantes, bares e residências.  Participou de várias edições da Casa Cor São Paulo e da Bienal de Arquitetura de São Paulo. Em outubro de 2008, fez na galeria Michelangelo, em São Paulo, a elogiada exposição “Lei da Cidade que Pinta”, onde placas, outdoors, luminosos e outros materiais de comunicação visual retirados pelos fiscais e funcionários da Prefeitura ressurgiram como suporte para as obras de arte. Em julho de 2009 fez, também em São Paulo, na galeria Pró Arte, a exposição “Visitas”, sucesso de crítica e público.  Em julho e agosto deste ano realizou algumas intervenções em 3D com o artista plástico Romero Brito, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Em outubro desse mesmo ano, realizou grafitou um muro na Av. Rebouças, em São Paulo, ao lado de  Jay Mulder, considerado um dos seis maiores expressionistas norte-americanos vivos.  Em novembro, expôs 25 telas inéditas na Galeria Romero Britto. Além disso, realizou uma série de intervenções em 3D em São Paulo (na Avenida Paulista), Rio de Janeiro (Copacabana) e Brasília (Esplanada dos Ministérios).

 

         O grande ano de 2013

Em 2013, além de realizar inúmeros trabalhos em São Paulo, Kobra se projetou de vez internacionalmente. Fez em Los Angeles, ao lado de Agnaldo Brito, artista do Studio Kobra, o mural “Olhar a Paz”, de 400m2, no “La Gays Lesbian Center”, na Highland Ave, em Hollywood. O mural de Kobra mostra três ganhadores do Nobel da Paz: Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandela e Martin Luther King.  Também em setembro, o brasileiro fez no muro do atelier de Mr Brainwash a obra “Einstein”. Ao final do ano, acertou com Mr. Brainwash que terão um atelier juntos em Los Angeles já em 2014.

A impressionante e bela obra “A Bailarina”, em Moscou

Em outubro, o muralista foi para Moscou, a convite da Prefeitura da cidade, para pintar um novo painel, de 16mX10m, em homenagem a um dos principais nomes da historia do balé russo e mundial: Maya Plisetskaya, de 88 anos. No dia 14 de outubro, Kobra avisou, minutos antes de sair da Rússia, que havia deixado em Moscou mais um mural, feito sem convite ou permissão oficial: a obra “Ana”, onde pedia a liberdade para a ativista Ana Paula Maciel, do Greenpeace. “Ana” foi pintada no bairro Mendeleevskaya, próximo à estação de metrô do mesmo nome, em um local tradicional da Street Art de Moscou. Foi toda feita com spray. A produção da obra demorou cerca de cinco horas. “Primeiro pintei o urso e só ao final escrevi a mensagem, para não despertar tanta atenção de quem passava pelo local”, diz Eduardo Kobra. “Foi maravilhosa a forma como fui recebido em Moscou e São Petersburgo. O tempo todo fiquei impressionado com a força da cultura russa, em seus variados aspectos, mas não poderia deixar de registrar o meu protesto contra a prisão da ativista do Greenpeace. Afinal, não podemos tolerar a falta de liberdade para a expressão”, afirmou na época Eduardo Kobra. O protesto do “artista brasileiro corajoso” foi destaque em sites e jornais de diversos países.

De volta a São Paulo, fez no São Paulo Fashion Week um carro em 3D com grande repercussão. Logo a seguir fez nova viagem para os Estados Unidos. Primeiro fez em Lexington, Kentucky, uma releitura da famosa obra do ex-presidente norte-americano Abraham Lincoln. O belo trabalho, com cerca de 18 metros, foi realizado na parede de trás de um teatro centenário de Kentucky, e traz o estilos mais recente de obra, que une o traço realista com cores vivas. O trabalho foi elogiadíssimo e apareceu em diversos jornais da região, a maioria na capa. Além disso, Kobra foi convidado pelo prefeito da cidade para jantar em sua casa.

Após Lexington, Kobra seguiu para Sarasota, para participar, pela terceira vez, do Festival de Arte em 3D, um dos maiores do mundo.

Depois, foi para Miami para a Art Basel, principal feira de artes do mundo. Fez um grande mural com Salvador Dali, Barquiat (grafiteiro), Frida Kahlo e Andy Warhol, na principal avenida de Winwood. Depois, pintou um carro na galeria de arte Babu, em homenagem ao ator e diretor Clint Easwood.  Antes de voltar ao Brasil, fez o mural “Tupac and Biggie”, sobre os rappers Tupac Shakur e Notorious B.I.G, em frente ao Winwood Wall, principal  ponto de referência dos artistas de rua e Miami. O muro virou um ícone na cidade.

 

2013 em São Paulo

Pouco antes de viajar para Los Angeles, Kobra fez, com recursos próprios, ao lado de outros dois artistas do Studio Kobra, um mural colorido, mas com algumas partes em preto e branco, de 3mX18m, no corredor de desembarque do aeroporto de Congonhas. A obra faz a releitura de uma cena da década de 50, com a fachada do aeroporto, carros estacionados, aviões ao fundo na pista e algumas pessoas.  “O aeroporto era, além de um importante local para as viagens, também uma atração turística, espécie de praia para os paulistas que iam ao local para assistir aos pousos e decolagens”, diz o artista. De acordo com Kobra, para a execução do trabalho, ele recebeu do aeroporto dezenas de fotos e ainda leu vários livros sobre aviação. Também antes da viajar para o EUA, Kobra fez um mural em frente à Igreja do Calvário, em Pinheiros.

A obra se insere em um dos grandes pilares do trabalho do artista, que é o projeto “Muro das Memórias”, onde resgata a beleza do passado e convida à contemplação. “É muito bom saber que milhares de pessoas – paulistanos e turistas – que chegarem diariamente ao aeroporto serão recebidas com essa linda cena”, afirma Kobra, paulistano, de 38 anos. Além do mural de Kobra, paulistanos e turistas podem encontrar outra obra, magnífica, no aeroporto de Congonhas, situada em um pavilhão, próximo à pista: “Os Trabalhadores”, de Emiliano Di Cavalcanti e Clóvis Graciano.

Também em 2013, Kobra entregou dois murais de apoio às manifestações do povo brasileiro, um deles, sem nome, na  avenida Rebouças (altura do número 167)e outro, chamado “Aberto para Reformas”, na avenida Heitor Penteado (altura do número 560).

No início de 2013, Eduardo Kobra foi notícia em mais de 30 países ao inaugurar no dia 25 de janeiro, aniversário de São Paulo, na parede lateral do edifício Ragi, na Praça Oswaldo Cruz (número 124), no início da Avenida Paulista, em homenagem ao arquiteto Oscar Niemeyer, falecido no dia 5 de dezembro de 2012. Ele pintou um retrato do artista, com várias referências às suas grandes obras (aparecem no desenho a Pampulha, o Copam, o Museu Oscar Niemeyer e o Palácio do Planalto). A obra tem 52m de altura por 16m de largura.

 

Mais sobre o artista

Em novembro de 2012, Kobra retratou duas obras de Niemeyer – a catedral Metropolitana de Nossa Senhora Aparecida, mais conhecida como catedral de Brasília, e a Igreja São Francisco de Assis da Pampulha, em Belo Horizonte, Minas Gerais – no grande mural que fez na Usina Termelétrica Norte Fluminense, em Macaé, Rio de Janeiro (foram ao total 12 painéis com homenagens a monumentos ou construções icônicas de dez cidades brasileiras, além de Paris).  “As obras da usina projetei e fiz quando Niemeyer era ainda vivo. Depois, embora ele não fosse paulista, quis homenageá-lo no aniversário de São Paulo, em um dos cartões símbolos da cidade, que é a região da av. Paulista. Afinal, ele era um cidadão do mundo”, diz Kobra.

A pintura de Niemeyer e as obras na usina de Macaé se inserem na mesma da mesma linha dos trabalhos que produziu no ano passado nos EUA, com grande repercussão, quando transpôs o Monte Rushmore de Keystone, em Dakota do Sul, para Los Angeles, na Califórnia (trabalho citando no início do release); e fez o belíssimo mural “O beijo está no ar’ em Manhattan, na região de Chelsea, conhecida por abrigar algumas das melhores galerias de arte de Nova York.

Também no final do ano passado, fez o mural “Viver, Reviver e Ousar”, com uma releitura do lindo monumento “às Bandeiras”, do escultor Victor Brecheret, também na Igreja do Calvário.

“O Beijo”, na High Line, em Nova York

Kobra fez em junho de 2012 o belíssimo mural “O beijo está no ar’ em Manhattan, na região de Chelsea (no 255 10th Avenue), conhecida por abrigar algumas das melhores galerias de arte de Nova York. Durante  duas semanas em que durou a pintura do mural, norte-americanos e turistas fotografaram e filmaram tanto o mural que um funcionário da High Line (antiga linha de trem que hoje virou um importante ponto turístico em Nova York. e de onde há uma visão privilegiada para o trabalho de Kobra), precisou permanecer o tempo todo no local pedindo para as pessoas não permanecerem muito tempo paradas, para não causar aglomeração

“Foi um trabalho de grande repercussão e interação com o público. Como a parte superior do mural está totalmente voltada para o público que caminha pela High Line, muita gente parava para acompanhar o nosso trabalho.  Nunca vi coisa parecida”, relembra Kobra.

         O tema escolhido para a obra remeteu a Times Square da década de 40. ”Em uma das nossas longas caminhadas que fizemos antes de decidirmos o que e onde pintar, chegamos a Times Square e fiquei profundamente emocionado, com todo aquele movimento, as pessoas do mundo inteiro,  os painéis enormes e coloridos e a vida pulsando. Buscamos algumas referências e chegamos ao famoso beijo da Times Square (beijo de um marinheiro em uma enfermeira, que ilustrou na capa da revista Life o fim da II da Segunda Guerra Mundial, retratado pelo fotógrafo Alfred Eisenstaedt, em 14 de agosto de 1945, dia em que o Japão se rendeu aos EUA)

“Esta foi a base deste novo mural. O objetivo é sensibilizar e mostrar que, mesmo com toda a correria, mesmo com o mundo dos negócios a todo vapor, o Amor está no Ar em Nova York!”, diz Eduardo Kobra.

 

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