Morreu Zito, o 5 que sempre foi 10! (Roseira, 8 de agosto de 1932 – Santos, 14 de junho de 2015)
por Airton Gontow
O Brasil perdeu recentemente um dos maiores jogadores da sua história: Zito, o 5 que sempre foi 10.
Zito (José Ely de Miranda) foi o grande comandante dentro de campo do fantástico time do Santos e um dos líderes da Seleção Brasileira nas décadas de 50 e 60.
Com Zito, o Brasil chegou a seus dois primeiros títulos mundiais: em 58, na Suécia; e 62, no Chile, quando marcou um dos gols na vitória de 3 a 1 sobre a Tchecoslováquia.
Pelé sempre o destacou como um ponto de equilíbrio, uma referência técnica e moral dentro de campo. E também como um grande motivador dos outros jogadores.
Com ele, o Santos conquistou, de 1952 a 1967, nove Campeonatos Paulistas, quatro torneios Rio-São Paulo, quatro Taças Brasil (o Brasileirão da época), duas Libertadores da América e dois Mundiais Interclubes. Foram 727 jogos e 57 gols.
Vale destacar que antes mesmo da chegada de Pelé ao clube, Zito ganhou pela então pequena equipe do litoral os títulos de campeão paulista de 55 e 56. O primeiro título do “Rei Pelé” pelo Santos foi em 58.
Ao longo de sua trajetória esportiva, Zito mostrou ter visão dentro e fora de campo. Depois de abandonar os gramados, atuou também nas categorias de base do Santos.
É um dos principais responsáveis pela descoberta de nomes como Robinho e Neymar.
A causa da morte ainda não foi informada. No ano passado, após um Acidente Vascular Cerebral (AVC), Zito chegou a ficar 34 dias internado na Santa Casa de Misericórdia. Após receber alta em agora, passou a receber cuidados em casa e a necessitar de enfermeiros em tempo integral.
Após o AVC, o ex-jogador, de 82 anos, pouco lembrava de seus próprios feitos.
Mesmo em um País sem memória, Zito conquistou um lugar no Olimpo dos Deuses do Futebol Brasileiro. E será lembrado para sempre pelos santistas e por todos os apaixonados por futebol.
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