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Novembro é também o Mês de Conscientização sobre o Câncer de Pâncreas

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A detecção precoce é um dos maiores desafios na prevenção dessa doença agressiva e rara, que é mais comum em pessoas a partir dos 60 anos.


Novembro é o mês de conscientização sobre o câncer de pâncreas, uma doença relativamente rara e considerada uma das mais agressivas e letais em todo mundo. No Brasil, a condição afeta cerca de 11 mil pessoas ao ano. Representa 5% das mortes no universo oncológico. Quando detectada em fase avançada, limita bastante as possibilidades de cura.
 

Segundo a oncologista Débora Passaro, do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), essa é, entre os tipos de câncer, uma das doenças de maior índice de mortalidade. “O câncer de pâncreas ocupa o sexto lugar em mortalidade entre os cânceres e, apesar de raro, é altamente agressivo, com uma taxa de letalidade elevada”, diz.
 

Dra. Debora Passaro, oncologista do Instituto de Oncologia de Sorocaba.

Principais fatores de risco e influência genética
 

O câncer de pâncreas é mais comum em indivíduos acima dos 60 anos. Fatores de risco como idade avançada, inflamações pancreáticas, obesidade, diabetes, consumo excessivo de álcool e tabagismo aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença.

Além disso, aspectos genéticos e histórico familiar podem desempenhar um papel significativo. “Acredita-se que um em cada cinco pacientes seja portador de uma variante patogênica hereditária, como as mutações nos genes BRCA1, BRCA2 e PALB2 ou síndrome como Peutz-Jeghers”, explica a oncologista, que acrescenta: “também, até 10% dos pacientes têm histórico de familiar de primeiro grau com câncer de pâncreas”.
 

Diagnóstico e sintomas
 

Outro desafio é a ausência de sintomas nos estágios iniciais na maioria dos pacientes, o que dificulta o diagnóstico precoce. Em muitos casos, o câncer de pâncreas é descoberto tardiamente, quando já se encontra em estágio avançado. “Quando localizado na cabeça do pâncreas, o paciente pode apresentar icterícia ainda no estágio inicial. No entanto, o câncer de pâncreas é frequentemente assintomático em fases iniciais, e a maioria dos pacientes só descobre a doença tardiamente. Os principais sintomas são inespecíficos, como fraqueza, perda de peso, diminuição do apetite, dores abdominais e nas costas. O diabetes de início recente em adultos também não deve ser ignorado”, destaca a dra. Débora.
 

A detecção precoce é um dos maiores desafios no combate ao câncer de pâncreas. Embora não exista um exame de rastreamento recomendado, a tomografia computadorizada é considerada o exame padrão para investigar a presença da doença. Já a ressonância magnética pode auxiliar na avaliação da possibilidade da remoção cirúrgica do tumor. “Recomendamos a tomografia de rastreio em pacientes que têm familiares de primeiro grau com câncer de pâncreas,” orienta a oncologista.
 

Hábitos saudáveis podem reduzir os riscos
 

O Mês de Conscientização sobre o Câncer de Pâncreas busca sensibilizar a população para os fatores de risco e a importância da consulta médica regular, especialmente para quem possui histórico familiar de câncer. Evitar o tabagismo, reduzir o consumo de álcool e adotar um estilo de vida ativo e saudável são passos fundamentais para reduzir os riscos. “Pacientes sedentários e obesos têm maior risco de desenvolver a doença. A prática de hábitos saudáveis é uma medida importante na prevenção,” reforça a oncologista.

A médica orienta que a cirurgia é o principal tratamento que possibilita a chance de cura. “Radioterapia e quimioterapia são indicados em casos mais avançados. Os cuidados paliativos são essenciais para aliviar os sintomas e oferecer algum conforto ao paciente e familiares”, finaliza.

Sobre o Instituto de Oncologia de Sorocaba

Referência há 29 anos em quimioterapias e infusões oncológicas e não oncológicas, o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS), junto com o Hospital Evangélico de Sorocaba, integra o hub Sorocaba da Hospital Care, uma das maiores administradoras de serviços de saúde do país.

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