Quando o amor de Carnaval dura mais do que a Folia…
Airton e Maria Gontow se conheceram em um Carnaval à Moda Antiga. O inusitado encontro foi uma das inspirações para que criassem mais tarde o Coroa Metade, um site voltado a pessoas a partir de 40 anos de idade. Veja aqui a história do casal e assista a quatro das muitas entrevistas que os dois deram para emissoras de televisão do País.
O Carnaval sempre foi palco de histórias intensas, encontros inesperados e romances que, geralmente, não resistem à Quarta-feira de Cinzas. Mas, para o jornalista Airton Gontow, 63, e sua esposa Maria Gontow, 61, a folia de fevereiro de 2008 marcou o início de uma relação que já dura 17 anos e foi uma das inspirações para que anos depois criassem o site de relacionamentos Coroa Metade, voltado para pessoas maduras.
O encontro aconteceu em um baile de Carnaval à Moda Antiga, no saudoso Avenida Club, no bairro de Pinheiros, em São Paulo. O evento, repleto de marchinhas e sambas-enredos, foi idealizado e organizado pelo próprio Airton, que estava trabalhando na festa. Concentrado, Airton permaneceu no seu camarote, às vezes conversando com os jornalistas convidados, mas a maior parte do tempo sentado, observando os detalhes do evento.
Até que o proprietário do clube, Telmo Carvalho, apareceu e perguntou:
— Por que você não está dançando?
Airton respondeu:
— Estou trabalhando.
Foi então que Telmo disse:
— Você está separado. O baile é um sucesso. Se ficar aqui sentado o tempo todo não aceitarei fazer o evento novamente no ano que vem!
Diante da provocação, Airton decidiu sair da mesa e circular pelo salão. Foi então que avistou uma mulher linda, acompanhada de outra moça, que mais tarde descobriria ser a irmã de Maria. Olhares foram trocados, mas ele permaneceu distante, sem entrar na pista.
— Eu não tinha certeza de que ela estava de fato interessada. Além disso, fiquei casado por muitos anos e já não tinha prática em paquerar — admite.
Airton decidiu pedir ajuda a um cinegrafista de uma televisão de Guarulhos, que cobria o evento.
— Acho que tem uma mulher olhando para mim. Você pode ir comigo até a pista de dança? Você finge que está filmando e aí eu mostro quem é para você ver se ela está me olhando mesmo…
O colega aceitou a missão. Foram até o salão. Quando Airton apontou discretamente para Maria, viu que ela estava dançando com um homem alto, negro, bonitão, forte, que a jogava para um lado e para o outro.
O amigo ironizou:
— Claro, ela está olhando para você. Claro que está!!!
Airton voltou cabisbaixo para sua mesa, achando que tinha perdido a chance. Mas, uma hora depois, se perguntou:
— Será que ela está mesmo com aquele cara? De repente, cansou de esperar e aceitou uma única dança com ele. Quem sabe me viu de novo e parou de dançar?
Decidiu procurar Maria novamente. Andou pelo salão, deu mais algumas voltas, foi até a área do café, mas não a encontrou em lugar nenhum. Então, quando olhou para a saída, viu Maria descendo as escadas que levavam à rua.
Foi rapidamente atrás. Ela já estava no último degrau, quase na calçada. Aproximou-se e depois de um simples “oi”, disse:
– Não sei dançar, mas sou bom de papo. Tu aceitas tomar um café comigo?’
Ela olhou para a irmã e respoondeu:
– -Sim
Foi assim que começaram uma conversa que durou horas e terminou com um novo encontro já marcado. Desde então, nunca mais se desgrudaram.
Segundo Airton e Maria Gontow, existem pessoas que são feitas umas para as outras, mas que é preciso estar conectado e ligado ao que realmente se é e busca.
Airton exemplifica:
— Conheci minha esposa em um lugar impensável, um baile de Carnaval. Mas veja, era um Carnaval à Moda Antiga, bem familiar, com marchinhas antigas e sambas-enredos clássicos. Se eu tivesse ido a uma rave, provavelmente não a perceberia, mesmo que ela estivesse dançando quase ao meu lado, porque eu estaria conectado de forma diferente. Tem que ser a pessoa certa, mas a gente precisa estar no momento certo e no local certo também.
O modo como se conheceram, no “Carnaval à Moda Antiga, influenciou, anos depois, na criação do Coroa Metade, pioneiro site de relacionamentos para pessoas maduras.
— De modo geral as os casais que dão certo são formados por pessoas que têm valores e buscas semelhantes. Por isso fizemos um site voltado para um publico específico, o primeiro do país para pessoas a partir de 40 anos de idade. A ideia surgiu depois que encontrei antigos amigos, a maioria divorciados, em uma festa de colegas que haviam se formado há 30 anos no Colegial. Praticamente todos diziam que era relativamente fácil encontrar companhia, mas que era difícil encontrar um companheiro ou uma companheira. Foi por voltar a acreditar no amor que criamos o Coroa Metade. Como um negócio e também para que mais gente tenha a oportunidade que nós tivemos.
A famosa frase “amor de Carnaval não dura mais do que a folia” pode até ser verdade para muitos, mas, para Airton e Maria, a magia daquele dia nunca se apagou.
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