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“A Biblioteca de Babel”, do Balé da Cidade de São Paulo. Ainda dá para assistir!

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A estréia aconteceu no último dia 7. Ainda dá para assistir nos dias 11, 12 e 13 de fevereiro, às 20h, no Theatro Municipal.

Cena do maravilhoso espetáculo fotos de Fabiana Stig

Espere. Tenha muita calma nessa hora. Não comece esta matéria pelo texto. Veja primeiro as fotos . Olhe uma a uma. Mais do que as palavras, as imagens mostram por que você deve assistir ao espetáculo A Biblioteca de Babel, no Theatro Municipal de São Paulo, que abre a Temporada 2020 do Balé da Cidade de São Paulo.

Os bailarinos, antes e depois da ruptura, quando “livro individual” se abre.

Já olhou para as fotos? (tem também as de baixo…) Sigamos então com o artigo: a estréia aconteceu no dia 7 de fevereiro. As apresentações ainda seguem nos dias 11, 12 e 13, às 20h. Os ingressos variam de R$ 12 a R$ 60. (Cabe aqui mais uma observação: esse é um portal voltado para pessoas maduras e infelizmente a grande maioria dos nossos leitores – afirmamos mesmo sem fazer uma pesquisa – nunca assistiu a um balé. E, pior ainda, nunca foi ao Theatro Muncipal. Para quem está em São Paulo, ainda dá tempo!)

O espetáculo é inspirado no conto de mesmo nome do notável escritor argentino Jorge Luis Borges (24 de agosto de 1899 a 14 de junho de 1986), publicado em 1941. Os corpos são compreendidos como um livro em sua própria exclusividade, um documento das nossas vidas e existência. Em uma das primeiras cenas do balé, o público presencia os bailarinos arquivados em uma prateleira como se fossem livros, isolados, ‘encaixotados’, cada um no seu mundo. A ideia e o conceito são assinados pelo diretor artístico da companhia, Ismael Ivo, e pelo cenógrafo Marcel Kaskeline. Ivo também é o coreógrafo.

A Biblioteca de Babel discute os princípios da comunicação, a evolução e o entendimento entre os homens. Há um momento em que os bailarinos “arquivados” quebram as prateleiras. De acordo com Ivo, essa ruptura faz alusão “ao livro individual que precisa ser aberto para que se descubra seu conteúdo, pois ali estão impressos todos os aspectos e informações: qualidades, defeitos, talentos, ajustes, desajustes e infinitas vivências do homem”.

Mais um momento impactante do Balé

Nessa ruptura se estabelece um confronto de ideias e a produção passa a discutir questões de aceitação, inclusão e tolerância entre os homens.  O balé evolui para uma alusão ao mito da “Torre de Babel”, em que uma ventania derrubou a torre e espalhou os cidadãos com idiomas diferentes pelo mundo, indivíduos que precisavam conviver e aceitar as diferenças.

O espetáculo é baseado em um conto do escritor argentino Jorge Luis Borges

Para a construção da ruptura, os 34 bailarinos estudaram a Teoria da Evolução do inglês Charles Darwin (12 de fevereiro de 1809 a 19 de abril de 1882) e mergulharam no trabalho do fotógrafo, também inglês, Eadweard Muybridge (9 de abril de 1830 a 8 de maio de 1904), que se especializou em captar os movimentos de locomoção dos homens e dos animais. A Biblioteca de Babel é a concretização de uma pesquisa realizada anteriormente por Ismael Ivo, que resultou na produção Biblioteca del Corpo, também inspirada no conto do escritor argentino Jorge Luis Borges. Há sete anos Biblioteca del Corpo foi apresentada por 25 integrantes do projeto L´Arsenale della Danza , na Bienal de Dança de Veneza, na Itália, que teve Ivo como diretor.

Prólogo

Alunos da Escola de Dança de São Paulo, que pertence à Fundação do Theatro Municipal de São Paulo, executarão a coreografia Como um Sopro, da bailarina, professora e pesquisadora de dança, bacharelada pela Escola Nacional da Grécia, Christiana Sarasidou, minutos antes de Babel, no palco da Sala de Espetáculos.

A Escola de Dança de São Paulo completa 80 anos em 2020. Segundo o seu coordenador artístico, Luiz Fernando Bongiovanni, esta ação faz parte de uma parceria com o Balé da Cidade para proporcionar aos jovens talentos a vivência profissional necessária. “Nosso desejo, como escola de formação, é poder oferecer aos alunos um programa de qualidade e excelência”, afirma Bongiovanni.

Serviço:

A BIBLIOTECA DE BABEL

Onde: Theatro Municipal de São Paulo – Sala de Espetáculos, à Praça Ramos de Azevedo s/n, República; telefone: 11-3053-2100.

Quando: Dias 11, 12 e 13 de fevereiro às 20h.

Duração aproximada: 70 minutos
Indicação etária: 14 anos
Ingressos: R$ 60/R$ 30/R$ 12

Lugares: 1.523.

Balé da Cidade de São Paulo
Ideia e conceito: Ismael Ivo e Marcel Kaskeline
Coreografia: Ismael Ivo,
Cenografia: Marcel Kaskeline,
Figurinos: Gabriele Frauendorf
Desenho de luz: Marco Policastro
Assistentes de coreografia: Valentina Schisa e Elisabetta Violante

Bailarinos: Alyne Mach, Ana Beatriz Nunes, Antônio Adilson Jr., Ariany Dâmaso, Bruno Gregório, Bruno Rodrigues, Camila Ribeiro, Carolina Martinelli, Cleber Fantinatti, Erika Ishimaru, Fabiana Ikehara, Fabio Pinheiro, Fernanda Bueno, Grecia Catarina, Harrison Gavlar, Isabela Maylart, Jessica Fadul, Leonardo Hoehne Polato, Leonardo Muniz, Leonardo Silveira,  Luiz Crepaldi, Luiz Oliveira, Manuel Gomes, Marcel Anselmé, Márcio Filho, Marina Giunti, Marisa Bucoff, Rebeca Ferreira, Renata Bardazzi, Reneé Weinstrof, Uátila Coutinho, Victor Hugo Vila Nova, Victoria Oggiam, Yasser Díaz.

 Prólogo: Como um Sopro
Escola de Dança de São Paulo
Coreografia: Christiana Sarasidou,
Bailarinos: Alanis Aiko Oliveira Tamashiro, Ana Carolina Isso Campos de Oliveira,Bianca Elias de Arruda ,Camila Barbosa dos Santos, Eloise de Oliveira Pateti ,Fernanda Martins, Giovannah Silva Marre, Kauane Barbosa dos Santos Claro, Lídia Lima dos Santos, Lucas da Silva Santos , Marcella Mori Arone da Silva, Maria Fernanda Poloni, Sthefanny Isabela Sousa da Silva  e Valéria Leite de Almeida.

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