Chegou o outono. E com ele chegam os cupins…
A primavera e outono são as estações preferidas para o acasalamento de cupins. Especialista explica o que fazer para deter o avanço das infestações.
Outono é conhecido como o período em que as folhas caem, mas também é o período em que a casa pode começar a cair, também, literalmente. Isso porque é principalmente nessa estação e na Primavera que os cupins reprodutores deixam a colônia para formar novos cupinzeiros. O problema é ainda maior nas cidades.
“O aumento desenfreado das áreas urbanas fez com que algumas espécies de cupim, como o de solo ou subterrâneo (Coptotermes gestroi) e o de madeira (Cryptotermes brevis), se adaptassem e passassem a viver nas cidades”, diz Francisco Antonio Theodoro Neto, especialista da Osaka Controle de Pragas e Desentupimento, empresa com 35 anos de história e que atua em diversas regiões do estado de São Paulo. “Como a sua multiplicação é muito rápida e sua fonte de alimentação é a celulose, esses insetos acabam causando enormes prejuízos”, acrescenta.
Se em uma única colônia existem milhões, a quantidade de espécies também é assustadora. Em todo o mundo, há mais de duas mil espécies de cupins. No Brasil, estão catalogados cerca de 290 tipos. Os mais comuns nas regiões habitadas são os cupins de solo ou subterrâneos e os de madeira seca. O primeiro tipo se instala no solo ou nos vãos estruturais dos imóveis. Já o segundo, forma sua colônia no interior de móveis ou na madeira de sustentação das construções.
Os maiores danos são as quedas de árvores nas vias, a perda de móveis e a infestação de edificações causando problemas estéticos e estruturais. “O primeiro sinal de alarme é aquele pozinho formado de grãos duros, amarronzados, que aparecem pelo chão”, explica Theodoro Neto. “Mas, se forem cupins subterrâneos, muitas vezes uma grande infestação pode já estar em curso, já que essa espécie forma ninhos em qualquer ponto da estrutura de um imóvel, incluindo paredes, alicerces e canalizações. Além disso, pode se locomover por pequenos túneis em toda a construção. É muito comum o desabamento de telhados causados por cupins”, completa o supervisor técnico da Osaka.
Os cupins não se alimentam de concreto, tijolos ou blocos, mas escavam túneis nesses materiais para chegar à madeira, onde somente o interior é danificado pelo inseto, que deixa uma casca na superfície de tacos, portas, rodapés, fundos de armário. Os ninhos são construídos em locais escuros e úmidos e podem ficar a uma distância de até 200 metros dos ataques. Esses podem acontecer até em andares mais altos dos edifícios e infestar toda a estrutura do condomínio. ”Por isso recomendamos que, além de tratar o apartamento infestado, o síndico deva fazer uma inspeção periódica em todas as áreas do prédio, para evitar surpresas desagradáveis aos condôminos”, aconselha Theodoro Neto.
Como a infestação por cupins ocorre de dentro para fora, em madeiras e espaços vazios, para avaliar a extensão da área danificada e qual é a melhor forma de combate, a solução é procurar os serviços de profissionais e empresas habilitadas para a descupinização e a prevenção de novas infestações. O preço varia de acordo com o tamanho da área a ser tratada, do grau de infestação e do nível de dificuldade de acesso aos locais para tratamento.
O trabalho preventivo deve começar até mesmo antes da construção: empresas especializadas podem fazer o tratamento do solo com pesticidas e barreiras químicas. Mas, o cuidado deve ser também durante reformas, mudanças, aquisição do imóvel e no aparecimento de sinais da presença dos cupins.
Sempre é preciso destacar que, além do dano material, os resíduos liberados pela mastigação dos cupins podem ter sérios efeitos na saúde, como reações alérgicas e problemas respiratórios, como asmas e bronquites.
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