No Fio do Tempo….
Por Airton Gontow
Era outubro de 70 e meu pai, Isaías Gontow (o “Pito”), viu alguns jogadores do Flamengo passando em frente à loja, a Casa Príncipe, que tinha com meu avó (Maurício, conselheiro do Grêmio) quase na esquina Voluntários da Pátria (759) com a Farrapos, em Porto Alegre.
Com uma entrada em cada rua, a loja servia como uma espécie de corredor para quem queria cortar caminho entre uma rua e outra.
O Mengão enfrentaria o Grêmio naquele 21 de outubro de 1970, pela 1ª. Fase do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão, no estádio Olímpico.
Meu pai perguntou aos atletas do time carioca em que hotel estavam e foi logo depois até lá para pegar autógrafos para os filhos – Airton e Carlos – especialmente para mim, que era fanático por futebol e pelo Grêmio, enquanto meu irmão só gostava de bobagens como teatro, artes plásticas e escola.
Meu velho não lembra com exatidão se foi no Hotel São Luís ou no Hotel Umbu, “mas com certeza foi em um dos dois”.
Naquele tempo, os jogadores conversavam com os torcedores e de modo geral curtiam o contato com o público.
“Esperei a loja e fechar e fui correndo encontrá-los; e quando cheguei estavam quase saindo para o estádio”, conta meu pai.
É, foi por um Fio….
Voltou para casa com os autógrafos e fomos para o estádio assistir à partida. Enquanto dirigia, eu me deliciava com o meu novo tesouro.
O jogo foi movimentado, mas acabou em zero a zero. Foi a quarta partida invicta do time gaúcho contra o Flamengo!
Na época, achei que ninguém havia marcado gol! Mas hoje, no túnel do tempo, eu sei que naquele dia o meu pai marcou um golaço…







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