Walter Manna lança o livro “A Outra Face de Gardel”
Jornalista, radialista, dançarino, ex trapezista de circo e advogado, Walter Manna lança o livro “A Outra Face de Gardel” (136 páginas, ilustrado, 15X23cm, R$ 35,00), publicado pela efervescente Editora MataraZzo. Manna, que apresenta todos os sábados, das 17h às 19h, o programa “Solo Tango”, na Rádio Trianon 740 AM, em São Paulo, é, como o próprio nome do programa já indica, um apaixonado por Tango. O lançamento acontece no dia 9 de agosto, das 16h às 19h, no “Espaço 55”, próximo à rua Turiassú. O livro está à venda no site da editora (www.editoramatarazzo.com), nas lojas Casa Amadeus Musical (rua Quintino Bacaiuva, 122, 1º. andar, no Centro de São Paulo e na Temos Livros, à av. São João, 526, também no Centro.
Para compor a obra, o autor fez um longo trabalho de pesquisa e investigação. “Tivemos o cuidado de cuidado de enveredar pelos meandros de um vasto acervo de documentos, fotos e reportagens da época, bem como em verificar versões que atribuem ao Zorzal crioulo ou Marocho de Abasto, entre outros apelidos carinhosos de Gardel, a probabilidade de pelo menos três mães, três nacionalidades e outras tantas diferentes datas de nascimento”, conta Manna.
Como o leitor irá perceber, muitas dificuldades foram encontradas nessa tarefa, principalmente devido às diversas interpretações e hipóteses existentes sobre o verdadeiro Carlos Gardel. O autor, com precioso apoio da editora, a também jornalista, escritora e pesquisadora de música popular brasileira, Thais Matarazzo, precisou percorrer um grande e aparentemente inexpugnável labirinto e estudar autores conceituados que se dedicaram a decifrar a misteriosa vida do cantor e compositor.
Em meio às tentativas e artifícios utilizados pelo ídolo para apagar vestígios de sua origem, que na época poderiam prejudicar sua carreira, Manna se defrontou com um emaranhado de interpretações e documentos contraditórios, que Gardel obtinha por influência de um amigo uruguaio de grande poder na Polícia Argentina, ora para se livrar do serviço militar, ora para poder permanecer na Argentina, ora para obter passaportes, ora para encobrir delitos, ora para se fazer passar por Charles Romuald Gardes, morto durante a Primeira Guerra Mundial, filho legítimo de sua mãe adotiva, a francesa Berta Gardes.
“Em relação a Romuald, até hoje se costuma confundir um personagem com outro, tanto que durante muito tempo Gardel ficou conhecido em Buenos Aires como “El Francesito”. Mas por meio de comparações fotográficas foi possível perceber a diferença entre os dois meninos, visível para qualquer observador atento”, diz o escritor.
Mesmo com tantos mistérios, a narrativa é feita de forma simples, como se Manna estivesse falando em seu microfone na rádio. Flui saborosa e leve, como se conduzisse o leitor em uma pista de dança. Convicto, usa suas habilidades de jornalista e advogado para mostrar ao leitor que tem a história e o veredito correto para falar de Gardel. Mesmo nos momentos mais áridos e difíceis, como um bom trapezista, Walter Mamma prende o leitor, e não deixa que caia o seu interesse até o fim da obra.
“A outra Face de Gardel” é boa dica de leitura. Quem sabe acompanhada por um bom vinho e uma “vitrola”, que toca ao fundo um tango de Gardel. (Airton Gontow)
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