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Especialista diz que época do nariz pequeno e arrebitado, de ‘príncipes’ e ‘princesas’, ficou no passado

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De acordo com o cirurgião plástico Vitorio Maddarena Junior, diretor da Clínica Maddarena, em São Paulo, a cirurgia que antes se resumia em diminuir ou até mesmo eliminar cartilagens defeituosas, atualmente se esmera em adequar suas curvaturas, ângulos e inter-relações com outras estruturas.  

Uma cirurgia plástica que evoluiu muito nos últimos anos é a rinoplastia. Via de regra, era um procedimento que resultava em narizes arrebitados e pequenos, estereotipados como “narizes de princesas e de príncipes”, isso definitivamente acabou.  Segundo o cirurgião plástico Vitorio Maddarena Junior, diretor da Clínica Maddarena, em São Paulo, a cirurgia que antes se resumia em diminuir ou até mesmo eliminar cartilagens defeituosas, hoje se esmera em adequar suas curvaturas, ângulos e inter-relações com outras estruturas.  O objetivo principal é harmonizar de um jeito muito individual a forma do nariz com a forma do rosto. Nesse sentido, até mesmo cirurgias realizadas em irmãos gêmeos apresentariam resultados diferentes entre si. “O nariz ocupa a porção mais central e mais proeminente da face. É justo, então, que suas formas impactem consideravelmente na harmonia do rosto. Um melhor entendimento de sua anatomia, composta de ossos, cartilagens e músculos, nos permitiu saber como modificar essas estruturas para melhor atingir os resultados desejados”, diz Maddarena.

Outro ponto importante é que atualmente as pessoas estão muito mais atentas à função que o nariz desempenha e não abrem mão de ter um nariz harmônico que tenha uma ótima performance. Maddarena diz que vários estudos permitiram um melhor conhecimento sobre o trajeto do ar e a importância da aerodinâmica para que o ar seja preparado de maneira satisfatória para a respiração. Sendo assim, o ar é filtrado, aquecido, umedecido e conduzido como se fosse em camadas – o chamado fluxo laminar – sem turbilhonamentos no trajeto, de forma que seja o mais gentil possível com nossos alvéolos pulmonares.

“Começamos a formatação do fluxo aéreo com o ângulo formado entre o nariz e o lábio superior.  De forma ideal, esse ângulo deve ter entre 90o e 110o. Internamente, há cartilagens que desempenham função de válvula, regulando a quantidade ou a velocidade com que o ar deve percorrer as vias aéreas. Portanto, é necessário que seja preparado adequadamente para não traumatizar as estruturas internas”, afirma o médico.

O cirurgião plástico explica que o septo separa as narinas direita e esquerda. Nas paredes laterais de cada narina estão os cornetos, estruturas que aumentam e diminuem de tamanho várias vezes durante o dia e que servem para aquecer e umidificar o ar inspirado – essencial para que as trocas gasosas ocorram adequadamente.

“Quanto à forma externa, também conhecida como anatomia artística, esperamos que o nariz tenha forma elegante, com dorso reto, bem distinto da testa, e que a ponta seja levemente mais alta que o dorso. Aliás, da ponta até chegar ao lábio superior há uma dupla curva. De frente, o nariz deve ter ponta bem definida e não ser mais largo do que a distância entre os dois olhos”, explica Maddarena.

O cirurgião alerta que é primordial que se estabeleça um diagnóstico antes de se iniciar qualquer tratamento. “Enumeramos o que poderia ser diferente na forma do nariz e a seguir elencamos as estruturas que devem ser abordadas: osso, cartilagem e músculo. O próximo passo é mensurar o quanto elas devem ser modificadas – lembrando que hoje optamos pela rinoplastia não-destrutiva, que preserva ao máximo as estruturas”, explica.

Maddarena diz que, ao invés de eliminar cartilagens defeituosas ou tortuosas, elas são corrigidas através de modificação da curvatura e reforços no caso de debilidade. Um exemplo muito comum são pessoas com falta de sustentação da ponta e que, por isso, têm a ponta caída com reflexos no desempenho do fluxo inspiratório. “O reforço no apoio dessas cartilagens muda não só a estética, mas também o funcionamento nasal”.

Outra mudança que ficou no passado diz respeito à giba nasal (o conhecido ‘ossinho do nariz’). Antes, a correção costumava resultar no afinamento excessivo do dorso, produzindo um aspecto artificial, com estigma de nariz operado. Além disso, também acabava interferindo no funcionamento das válvulas nasais e, consequentemente, na respiração. As técnicas atuais buscam evitar essas deformidades. No caso de rinoplastias realizadas com técnicas em desuso, ainda é possível corrigir esses problemas através da recomposição das cartilagens.

Uma característica final – mas não menos importante – das rinoplastias modernas é a dinâmica nasal, proporcionada pelo conjunto de músculos atuando nesse órgão.  “Um resultado natural deve primar pela boa fisiologia respiratória, além da harmonia facial. Não podemos deixar de considerar, também, que cada face se complementa com um determinado tipo de nariz. Tem mais a ver com funcionalidade e proporcionalidade do que com moda, como muitos pensavam no passado”, diz o cirurgião plástico Vitorio Maddarena Junior.

Fonte: Dr. Vitorio Maddarena Junior, cirurgião-plástico (CRM 64301), diretor da Clínica Maddarena, em São Paulo –www.clinicamaddarena.com.br

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